Nome: Eliza R. Gomes
Schaiany Boeno
Turma: 301 Turno: matutino
Supervia da informação redefine tempo e espaço
Schaiany Boeno
Turma: 301 Turno: matutino
Supervia da informação redefine tempo e espaço
A comunicação pela Internet ignora hora e lugar e subverte a noção de comunidade.
Agora, cidade dos Bits
Operários que hoje estendem cabos de fibra óptica no subterrâneo das cidades são reminiscência dos que cravam trilhos de trem. Abrem a supervia da informação. Reconfiguram as tradicionais relações de espaço e tempo. "Vão mudar nossas vidas para sempre", conclui o professor americano William J. Mitchell no livro City of Bits. O software (programação de rotinas e funções dos computadores) domina cada vez mais o hardware (que é o próprio equipamento). E o faz com "violência darwiniana": joga fora tudo que for incapaz de se adaptar às infinitas mutações.
A revolução digital nas telecomunicações, a mercantilização de bits e a miniaturização dos aparelhos eletrônicos esboçam as cidades do século 21. "Se compreendermos o que está acontecendo, e se conseguirmos conceber e explorar alternativas futuras poderemos achar oportunidades para intervir, às vezes resistir, e para organizar, legislar e planejar", diz o professor Mitchell.
Como os "sem-terra", haverá os "sem-bits". Os privilegiados serão "ricos de informação". O correspondente John Markoff, do New York Times no Vale do Silício, acha que a Internet logo se tornará uma cidade de altas muralhas, com portas trancadas e travas nas janelas. "A imagem é de que vamos viajar comprar, comunicar, trabalhar e até fazer amor no espaço eletrônico", diz. "Mas com o fim da comunidade de compartilhamento direto, o ciberespaço reflete, cada vez mais, as atuais cidades reais."
Subversão
Agora não está em nenhum lugar e está em todos ao mesmo tempo. Pluga-se nela com um "abre-te sésamo" eletrônico. "Ela dispersa, subverte e redefine radicalmente nossas noções de comunidade e vida urbana", escreve Mitchell.
Flana-se (passeia-se) pela Ágora (Praça das cidades gregas da antiguidade, onde existia mercado livre e onde se reuniam as assembleias populares e se realizavam execuções públicas) diariamente. Do seu "modesto" computador em casa, do laptop em viagens. O físico inglês Stephen Hawking vive imobilizado numa cadeira de rodas, mas em contato eletrônico com os mundos real e virtual.
Órgãos eletrônicos ainda vão substituir fone de ouvido, celular, pager, câmera e todos os outros aparelhos pessoais, como um sistema nervoso literalmente à flor da pele. "Somos todos cyborgs", afirma-se na "Cidade dos Bits", numa soma entre cibernética e organismo. "Arquitetos e planejadores urbanos devem começar a repensar o corpo no espaço."
Algema
Num tempo em que bibliotecas compram supercomputadores em vez de maior espaço físico, o professor Mitchell sugere a versão "Fazemos nossas redes e somos por elas feitos".
A algema eletrônica, conectada a um modem, pode significar o fim das celas e muros dos presídios. A Clearing House Interbank é um modelo de banco do futuro: de um lugar qualquer em Manhattan, processa trilhões de dólares por dia. Bolsas de valores no Canadá, Coreia e Alemanha vão acabar com os pregões movidos a gritos e gestos, fazendo transações só no ciberespaço. O shopping eletrônico já é o sucessor da venda por catálogos. "Ir às compras passou a ser algo absolutamente novo", constata Mitchell. "Vendedor, cliente e fornecedor não precisam mais estar no mesmo lugar."
Esvaziam-se escritórios: 6,6 milhões de americanos já aderiam ao teletrabalho em 1993, aumentando em 20% o número de nômades on-line em relação a 1991.
Na cidade dos Bits a habitação ganha um novo sentido. A sala de estar será programada para trabalho, diversão e educação. O futurólogo americano Alvin Toffler antevê maior união da família. Feministas suspeitam de um plano que j levará as trabalhadoras de volta para dentro de casa.
O habitat eletrônico fera do arquiteto do século 21 o intermediário dos mundos real e virtual. Não chove no ciberespaço, mas a privacidade requer um abrigo. Os lugares públicos deverão prover acesso público à "bitsphera" (esfera de Bits, parodiando biosfera = esfera de vida). "Como o virtual e o físico devem se relacionar um com o outro?", pergunta Mitchell. "Esta é uma das questões mais interessantes para os futuros planejadores urbanos."
Em "Cidade dos Bits", ele acrescenta: "Estamos diante da oportunidade de repensar as ideias sobre o que são as cidades". “O desafio é dar a resposta correta, conquistando os bons bits".
A corrida para a colonização do ciberespaço já começou. Os países que quiserem ser competitivos têm de "investir numa infraestrutura nacional de informação como investiram em portos, frotas de navios, ferrovias e rodovias".
(mitchell, William J. O Estado de S. Paulo, 12 maio 1996)
LEIA O TEXTO ACIMA E RESPONDA:
1- Para você, qual o papel da Internet hoje?
R: Atualmente, ela tem 2 papéis, a parte que instrui, que nos proporciona mais conhecimento e facilidades; e a parte em que ela é usado para fazer coisas ruins ( hacker, ciberbullyng, etc...)
A internet é algo fundamental para o aprendizado e a integração entre os "povos".
Hoje, usamos a internet basicamente para tudo, podemos nos comunicar com pessoas que estão em lugares distantes, podemos fazer compras e pagar contas.
Por fim, usando-a corretamente temos muitas vantagens e tudo fica muito mais fácil.
2- Comente a respeito da seguinte afirmação: “A comunicação pela Internet ignora hora e lugar e subverte a noção de comunidade”.
R: A comunidade se comunica, se vê, se conhece pessoalmente e tudo é REAL. Mas quando se cria uma "Comunicação virtual" tudo muda, os assuntos, de alguma forma, são outros. Falando com alguém pessoalmente você pode ver sua expressão facial e corporal, você fala cara a cara, mas quando não se vê a pessoa, você não sabe o que se passa do outro lado. Podemos estar conversando com alguém e pensando ser outra pessoa. A internet subverte a noção da comunidade, pois o virtual é muito diferente do real, é, muitas vezes, enganador, nos mostra uma coisa e na verdade é outra.
R: A comunidade se comunica, se vê, se conhece pessoalmente e tudo é REAL. Mas quando se cria uma "Comunicação virtual" tudo muda, os assuntos, de alguma forma, são outros. Falando com alguém pessoalmente você pode ver sua expressão facial e corporal, você fala cara a cara, mas quando não se vê a pessoa, você não sabe o que se passa do outro lado. Podemos estar conversando com alguém e pensando ser outra pessoa. A internet subverte a noção da comunidade, pois o virtual é muito diferente do real, é, muitas vezes, enganador, nos mostra uma coisa e na verdade é outra.
3- Que transformações as comunidades modernas estão sofrendo em virtude da revolução digital nas telecomunicações neste século, segundo o professor Mitchell? O que você pensa a respeito?
R: Segundo Mitchell. a sociedade vem sofrendo grandes e preocupantes revoluções, devido a era digital.
Diz que: Como os "sem terras", haverá os "sem bits" e que os privilegiados serão os "Ricos de informação".
Os serviços que antes dependiam apenas da determinação e força do homem para serem realizados, hoje, estão sendo tomados pela tecnologia e substituídos por máquinas e aparelhos diversos.
"Fazemos nossas redes e somos por elas feitos". Essa frase explica exatamente o que acontece no mundo, ou seja, criamos tantos recursos tecnológicos, para que a nossa vida ficasse mais prática, mais fácil de comandar, mas no fim quem nos comanda é a própria tecnologia, tornando-nos escravos dela.
Parabéns pelo trabalho de vocês!
ResponderExcluirGostei. Nota pelo trabalho - 9,5 Parabéns!
ResponderExcluir